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Gestão Taka reduz dívida de Diadema em R$ 167 milhões

Secretário de Finanças afirmou que valor é reduzido, mas mesmo assim ajudou a Prefeitura a não colapsar neste início de governo

Wilson Guardia
31/05/2025 | 03:00
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FOTO: Denis Maciel/DGABC


A Secretaria de Finanças de Diadema aponta que a gestão do prefeito Taka Yamauchi (MDB), em cinco meses, reduziu a dívida consolidada da cidade, na ordem de R$ 2,5 bilhões, em pouco mais de R$ 167 milhões. Em uma visão geral sobre o movimento orçamentário, o valor liquidado parece pouco, mas para José Luiz Gavinelli, secretário responsável pelo cofre da Prefeitura, as ações de governo foram essenciais para não colapsar ainda mais a combalida finança municipal.

Manter a cidade em pleno funcionamento, de acordo com o secretário, só se faz possível por medidas austeras adotadas diante de um déficit orçamentário. “Diadema arrecada 30% a menos do que gasta”, pontuou Gavinelli. Por ano, segundo dados apresentados pela Secretaria, a cidade tem perda projetada de pouco mais R$ 400 milhões. Com isso, ao término da gestão Taka em 2028, o saldo negativo entre entradas e saídas poderá chegar a R$ 1,7 bilhão.

“Revisões de contratos, devoluções de imóveis alugados, cortes de horas extras, negociações com credores e o pagamento de restos a pagar na ordem de R$ 46 milhões contribuem na métrica de se alcançar o equilíbrio fiscal e financeiro”, exemplificou Gavinelli.

O ivo financeiro herdado pela gestão Taka Yamauchi de R$ 2,5 bilhões consolidados envolve dívidas do Ipred (Instituto de Previdência de Diadema) e com a União. Junto à Receita Federal há R$ 8,2 milhões inscritos em dívida ativa.

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CONTESTAÇÃO

A dívida de R$ 2,5 bilhões apontada pela gestão Taka é contestada pelo seu antecessor, José Filippi Júnior (PT). O ex-prefeito confessou ter deixado rombo no caixa de R$ 1,1 bilhão. “A verdadeira dívida da Prefeitura”, disse. A base para refutar os números apresentados partiram de um balancete produzido pela própria equipe de governo do petista, porém, assinado pelo sucessor na Prefeitura.

Entretanto, os números do relatório podem ter sido ‘distorcidos’. “Os balanços (contestados por Filippi) apresentados ao TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) pelo atual governo são referentes a 2024 e foram deixados pela gestão ada, cabendo à equipe Taka Yamauchi formalizar a entrega após realização de audiência pública”, disse. 

A assessoria do prefeito Taka chegou a apontar, há 15 dias, que os números deixados pela antiga gestão estão distorcidos, conforme detectado por equipe técnica, pois algumas dívidas não foram contabilizadas. A Prefeitura foi questionada sobre quais débitos estariam fora do relatório, mas até o fechamento da edição não houve retorno.

O Diário, em análise de documentos públicos, identificou que débitos do Instituto de Previdência e com uma instituição bancária não estavam lançados no relatório.

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