Prefeitura afirma que negocia aumento com o sindicato desde o começo do ano; valor do aumento é equiparável a de outras cidades do Grande ABC
Os vereadores de Diadema aprovaram ontem reajuste salarial dos servidores e o novo ‘auxílio-saúde’ de R$ 133,40 em meio a protestos da categoria e da oposição. Isso porque a Prefeitura enviou o projeto para a Casa em regime de urgência e, segundo os sindicalistas, sem finalizar as negociações. Apesar do pedido de vistas da bancada do PT, com exceção de Jeferson Leite, que votou com a base governista, a proposta de Executivo ou por ampla maioria.
O presidente do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), Ritchie Soares, criticou o envio de urgência do projeto, sendo que a proposta de reajuste de 4,87%, pagos em duas vezes, foi rejeitada pela categoria. Destacou ainda que o governo voltou atrás em pontos da matéria original, como o pagamento de abono.
“É a primeira vez na história das campanhas salariais que ocorre o que aconteceu nesta quinta, de votarem sem acabar as negociações. Estivemos aqui (na Câmara) na semana ada com 700 pessoas para pedir apoio e hoje (ontem) vemos que os vereadores da base se calam em relação ao que a Prefeitura fez. Esquecem que governo a, mas eles são daqui da cidade e os servidores também. Por isso, chamamos a greve para o dia 5”, afirmou.
O vereador Josa Queiroz (PT) afirmou que mandar o projeto para votação em regime de urgência foi um golpe contra o funcionalismo. “Se o governo não tem competência para dialogar com os servidores, não deveria transferir a responsabilidade para a Câmara.”
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OUTRO LADO
A Prefeitura afirmou por meio de nota que desde o começo do ano vem se reunindo com o Sindicato dos Servidores. O governo municipal informou que apresentou duas propostas para a categoria, de acordo com as possibilidades financeiras do município e seguindo os parâmetros adotados por cidades da região, mas ambas foram recusadas pelo sindicato.
Mais quatro cidades do Grande ABC fecharam acordo com os servidores. Em São Bernardo o aumento foi de 4,87%, 2% a partir de 1º de março e 2,87% em 1º de novembro. Já em Rio Grande da Serra a majoração foi de 4%, sendo 2% retroativos a abril e mais 2% a serem aplicados em outubro. Ribeirão Pires concedeu reajuste de 5,06%, em duas vezes. Em Santo André, o aumento foi de 5,48% para as classes superiores até 7,91% para as iniciais.
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