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Justiça determina audiência de conciliação entre Sindema e Prefeitura

Servidores planejam atos hoje pela cidade, com concentração na sede do sindicato às 8h; à tarde fazem manifestação na Câmara

Angelica Richter
05/06/2025 | 05:00
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FOTO: Angelica Richter


O Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) confirmou paralisação para hoje, anunciada na última sessão da Câmara (dia 29), após aprovação, em regime de urgência, de projeto do Executivo que prevê reajuste de 4,87%, pagos em duas vezes, e de auxílio-saúde de R$ 133,40. 

Em resposta ao anúncio de greve, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou que 70% dos serviços essenciais de Diadema sejam mantidos, a fim de não trazer prejuízos para a população, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento da decisão. Além disso, designou  a realização audiência de conciliação, que será feita virtualmente, para o dia 10 de junho, às 15 horas. 

O Sindema não retornou aos questionamentos da reportagem, mas em mensagem à categoria confirmou a paralisação para hoje, com concentração na sede do sindicato às 8 horas. Os servidores planejam atos pela cidade, com novo encontro na entidade às 13h, de onde seguem para a Câmara. A previsão é que se repita ato que contou com cerca de 700 servidores, segundo o Sindema, realizado em meados de maio no Legislativo. 

A Prefeitura informou, por meio de nota, que  a gestão Taka Yamauchi (MDB) reconhece o valor do trabalho e dos serviços prestados pelo funcionalismo público, mas reafirmou que o reajuste aplicado foi o possível, tendo em vista a crise financeira que a cidade se encontra. A istração municipal ressaltou que estará sempre ‘aberta ao diálogo construtivo para o bem do coletivo e o bom andamento de toda a cidade’.

O TJ-SP afirma que a decisão abrange os servidores de todos os setores, tendo em vista que ‘todo serviço público, exatamente pelo fato de sê-lo (público), somente pode ser essencial’. “Não poderia a sociedade funcionar sem um mínimo de segurança pública, sem a existência dos serviços do Poder Judiciário, sem algum serviço de saúde etc”, destaca o documento. 

“Assim sendo, conquanto seja direito dos trabalhadores, a greve é medida excepcional, que exige, tanto dos servidores, quanto dos gestores públicos, comportamento responsável, a fim de que seja priorizado o interesse da sociedade local. E, na hipótese, ao menos nessa fase de cognição sumária, tem-se como abusiva a paralisação total dos servidores públicos de Diadema, na medida em que a suspensão dos serviços que prestam poderá causar dano irreparável ou de difícil reparação aos cidadãos daquela localidade”, reforça a decisão. 

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OUTRAS CIDADES

Mais quatro cidades do Grande ABC fecharam acordo com os servidores. Em São Bernardo o aumento foi de 4,87%. Já em Rio Grande da Serra a majoração foi de 4% e, em Ribeirão Pires, de 5,06%. Em Santo André, o aumento vai 5,48% a 7,91%.

Em Mauá foi aprovado nesta terça-feira (03), em primeira votação, abono de de R$ 1.350, pagos em nove parcelas. Já São Caetano enviou projeto ao Legislativo que prevê reajuste de 5,06%. 




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