Juntas, as sete cidades alcançam o quarto maior potencial de consumo do País, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília
O Grande ABC voltou a ter o quarto maior potencial de consumo do País, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, o que representa queda de uma posição em relação ao ano ado. Em 2025, a cada R$ 100 gastos no Brasil, R$ 1,67 ficará na região – em 2024 era R$ 1,75. A diferença indica redução de R$ 6,9 bilhões no poder de compra dos moradores das sete cidades na comparação com o ano anterior. Os dados foram levantados pelo IPC Maps.
A mudança de posição no ranking nacional se deve tanto à redução do potencial do Grande ABC quanto à melhora de Brasília, segundo Marcos Pazzini, sócio e responsável pela pesquisa. “Das sete cidades, apenas Ribeirão Pires teve crescimento no potencial de consumo entre 2024 e 2025. As demais registraram queda, com destaque para Santo André, que é o maior mercado da região e teve perda de 10,3%”.
De acordo com Pazzini, o que define os valores de potencial de consumo é a quantidade de domicílios por classe econômica. Quanto maior o número de lares pertencentes às mais abastadas, maior é a capacidade de compras. “No Grande ABC tivemos redução na quantidade de domicílios das classes A e C. A classe A registrou uma perda de 141 domicílios entre 2024 e 2025 e a C perdeu 11.579. Portanto, tivemos migração social negativa, com deslocamento destes 141 para as classes B1 e B2, e de 11.579 para os segmentos D e E. Este mesmo fenômeno ocorreu em cada uma das seis cidades que tiveram perda de participação”, explica.
Individualmente, São Bernardo é a cidade da região com melhor potencial de consumo (0,51587), colocando-se em 16º lugar no País e quarto no Estado. A cada R$ 100 gastos no Brasil, R$ 0,51 fica no município. Em seguida vem Santo André (0,50647), em 17º no Brasil e quinto em São Paulo, com R$ 0,50 a cada R$ 100. No ano ado, as duas apareciam em ordem inversa, com Santo André em 15º e São Bernardo em 16º.
Embora os dois municípios tenham apresentado recuo no potencial de consumo, eles se colocam à frente de seis capitais (Florianópolis, São Luís, Maceió, João Pessoa, Natal e Teresina) entre as 50 primeiras no ranking do IPC Maps.
O levantamento projeta que a região tem potencial para consumir R$ 136,2 bilhões neste ano. O valor é 6,84% maior que os R$ 128,2 bilhões de 2024. Somente com habitação, serão R$ 37,6 bilhões. O segundo maior gasto projetado será com veículo próprio, R$ 15 bilhões, seguido por alimentação na própria casa, com R$ 11,1 bilhões. Com plano de saúde e dentista serão R$ 5,3 bilhões e a educação demandará R$ 4,6 bilhões.
O estudo mostra ainda que o número de empresas nas sete cidades cresceu 3,78% de um ano para o outro, ando de 364.679 (2024) para 378.491 (2025), sendo 53.433 no setor industrial, 253.915 de serviços, 70.620 no comércio e 523 no agro.
“O Brasil a por bom momento econômico, com aumento do número de empregados com carteira assinada e respectiva diminuição na quantidade de MEIs dentre as empresas, mas este impacto positivo não foi suficiente para a perda do poder de compra da população do Grande ABC”, pontua Pazzini.
A população estimada para este ano é de 2.790.633 pessoas, sendo 2.594.390 alfabetizadas. Elas ocupam 1.011.434 domicílios, sendo 42.867 (4,2%) da classe A, 73.696 (7,3%) na B1, 216.657 (21,4%) na B2, 235.193 (23%) na C1, 258.751 (25,6%) na C2 e 184.270 (18,2%) pertencentes às classes D e E.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.