Em 2025, entender os principais requisitos e evitar erros comuns na aplicação são os essenciais para aumentar as chances de aprovação
Tirar o visto americano pode ser um processo complexo, especialmente para quem vai solicitar pela primeira vez. Em 2025, entender os principais requisitos e evitar erros comuns na aplicação são os essenciais para aumentar as chances de aprovação, especialmente para o visto de turismo B1/B2, o mais solicitado pelos brasileiros.
Segundo Alessandra, o primeiro o é entender qual tipo de visto se encaixa nos seus planos. “As exigências variam muito conforme a categoria. Um estudante, por exemplo, precisa apresentar documentos diferentes de quem vai fazer turismo”, explica.
O formulário DS-160 é uma das etapas mais importantes do processo. “Eu costumo dizer que 90% da entrevista está nesse formulário. Dependendo das respostas que você preenche, pode sair de casa com o visto praticamente aprovado — ou negado”, alerta a especialista.
Alessandra também chama atenção para os cuidados com o preenchimento: “Evite exageros nas respostas e cuidado com os campos que pedem uma breve descrição. Textos muito longos ou informações confusas podem prejudicar seu perfil”.
No caso do visto de turismo, dois pontos são cruciais:
- Vínculo com o país de origem: “É necessário mostrar que você tem motivos para voltar ao Brasil, como emprego estável, bens ou família.”
- Renda compatível: “A renda declarada precisa fazer sentido com os planos de viagem. Se você quer ar 15 dias em Nova York, mas sua renda não comporta isso, o sistema pode te identificar como risco.”
- Outros fatores também contam: tempo de trabalho atual, nível de escolaridade, viagens anteriores e o destino escolhido. “Colocar ‘Disney’ como destino pode gerar dúvidas, principalmente para adultos viajando sozinhos. Orlando é visto como um destino infantil, então pode ser melhor indicar outra cidade como Nova York, por exemplo”, comenta.
A entrevista consular, segundo Alessandra, tem se tornado cada vez mais rápida. “Muitas duram menos de um minuto. Por isso, é importante que o candidato esteja preparado para responder com clareza e segurança. Normalmente, são feitas três ou quatro perguntas, como intenção de viagem, ocupação, renda e histórico de viagens internacionais.”
Apesar de raramente solicitarem documentos, o ideal é estar com tudo em mãos — principalmente o aporte válido e a confirmação do envio do DS-160, documentos indispensáveis.
Entre os erros mais comuns que podem levar à recusa do visto, Alessandra cita:
- Preenchimento incorreto do formulário;
- Falta de clareza nas informações;
- Textos exagerados ou desconexos;
- Indicação de vínculos fracos com o Brasil;
- Confiança excessiva em vídeos da internet ou experiências de conhecidos.
“Não existe uma receita de bolo. O que funcionou para o seu amigo pode ser seu maior erro. Cada perfil é avaliado individualmente”, reforça.
Hoje, o tempo médio para conseguir o visto gira em torno de 30 dias, mas o ideal é não deixar para a última hora. “Feriados e períodos de férias escolares sempre têm maior demanda. Planejamento é essencial”, orienta.
Filas longas nos consulados, problema recorrente nos últimos anos, têm diminuído. Mas ainda é preciso ficar atento ao sistema. “Se for uma emergência, é possível solicitar prioridade, mas isso será avaliado caso a caso.”
Alessandra não aponta um consulado “mais fácil” que outro, mas alerta para o clima de São Paulo: “É o consulado mais movimentado do Brasil. As entrevistas frequentemente atrasam, os funcionários estão mais sobrecarregados e a chance de pegar um agente mal-humorado é real. Isso pode influenciar no andamento da entrevista”.
Já teve o visto negado? “Sim, é um ponto negativo. Mas não significa que você nunca mais conseguirá. O importante é entender o motivo da recusa e ajustar o que for necessário para a próxima tentativa.”
Para quem vai solicitar o visto pela primeira vez, a principal recomendação é procurar ajuda profissional. “Se possível, contrate uma boa assessoria. A diferença entre uma assessoria de qualidade e um despachante comum é enorme. E cuidado com promessas milagrosas, principalmente de quem diz que pode ‘agilizar’ o processo mediante pagamento. Isso não existe.”
Alessandra finaliza com um alerta: “O sistema consular americano é inteligente. Conforme você alimenta o formulário, ele te aproxima de uma linha verde (perfil confiável) ou vermelha (perfil de risco). O segredo é preencher com atenção e estratégia, destacando os pontos positivos do seu perfil — sem mentiras, mas com foco”.
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