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Slow travel: a nova forma de viajar com calma e profundidade

Tendência valoriza experiências profundas, conexões locais e menos impacto ambiental — e conquista cada vez mais brasileiros

Natasha Werneck
21/05/2025 | 16:45
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FOTO: Freepik


Em um cenário onde o tempo parece sempre escasso e as viagens viram maratonas de selfies e check-ins, uma nova forma de explorar o mundo tem ganhado força: o slow travel. A proposta é simples, mas revolucionária — viajar devagar, com mais tempo em cada destino, mais contato com os moradores e uma verdadeira imersão cultural. Menos correria, mais conexão.

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A filosofia do slow travel se opõe ao turismo de massa e aos roteiros superlotados. Em vez de acumular carimbos no aporte ou correr para visitar "os 10 pontos imperdíveis", o viajante desacelera e vive o destino com calma. Essa abordagem atrai quem quer mais do que fotos bonitas: quer histórias para contar.

“É uma forma de viajar que transforma. Você começa a perceber detalhes que ariam despercebidos em uma visita rápida: o cheiro do pão saindo do forno da padaria da esquina, o som da língua local, as conversas com moradores que viram amigos”, explica Erik Cabral, CEO da agência Viagem com Estilo, especializada em roteiros personalizados.

A tendência também conversa diretamente com um turismo mais consciente e sustentável. Ao reduzir deslocamentos, optar por meios de transporte locais e privilegiar hospedagens pequenas e familiares, o impacto ambiental diminui — e o benefício à economia local aumenta.

“Ao ar mais tempo em um lugar, o turista injeta mais dinheiro na comunidade, conhece melhor a realidade local e cria laços que vão além da visita. É um modelo que respeita e valoriza o destino, ao invés de apenas consumi-lo”, afirma Cabral.

A pandemia de Covid-19 acelerou esse movimento. Com fronteiras fechadas e uma pausa forçada nas viagens, muita gente repensou o jeito de explorar o mundo. O resultado? Menos checklists e mais experiências significativas. E os destinos mais procurados hoje refletem isso: cidades pequenas, comunidades rurais e lugares fora do circuito tradicional estão no radar de quem busca paz, autenticidade e reconexão.

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Para quem quer começar no slow travel, a dica é simples: escolha menos destinos e fique mais tempo em cada um deles. Deixe espaço na agenda para se perder pelas ruas, comer onde os moradores comem e viver o cotidiano local.

“A mágica acontece quando você desacelera. Só aí é possível sentir a verdadeira alma do lugar”, diz Cabral.




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