Cada dia mais afastado do PT de Diadema, o vereador Jeferson Leite sugeriu que o governo do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) buscou sabotar o início da gestão Taka Yamauchi (MDB), após as eleições municipais em 2024. Embora ita não ter provas documentais, o parlamentar cita, como um dos exemplos, o atraso na entrega de uniformes, em que o emedebista culpa a istração petista por não receber pedidos organizados. Para correligionários, porém, trata-se de uma estratégia para o partido expulsá-lo.

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A declaração do vereador é seguida da alegação de ser vítima de perseguição dentro do PT diademense, uma vez que se encontra alinhado à gestão Taka. Na quarta-feira (4), Jeferson Leite foi suspenso pelo diretório municipal por 60 dias, sob justificativa de insubordinação, por não se colocar como oposição ao emedebista, a exemplo dos outros quatro vereadores da bancada no Parlamento. Com isso, o partido ou a requerer sua cadeira na Comissão Especial Permanente da Juventude.

Segundo o parlamentar petista, com vídeo disponível nas redes do Diário, o atrito com o partido ganhou forças após os resultados do primeiro turno da eleição municipal, que levou Taka à frente de Filippi para a disputa derradeira no segundo turno. Desde então, conforme palavras do vereador, correligionários aram a excluí-lo de reuniões na legenda, cenário que teria se agravado após a vitória do emedebista em 27 de outubro.

“Vi após o segundo turno decisões que caminhavam para uma possível sabotagem ao governo Taka. Senti que havia um clima de construção desse processo. Não tenho provas, mas estou falando de conversas de corredor. Ao saber disso, tentei levantar mais informações, fazer mais questionamentos e, diante disso, comecei a ser excluído dos processos de discussões do partido”, alegou.

A reportagem questionou a Jeferson Leite exemplos de sabotagem da gestão Filippi ao governo Taka, prontamente respondido pelo vereador: “Os uniformes escolares (são exemplos de possíveis sabotagens) poderiam ter sido licitados na gestão ada. Poderiam ter construído uma forma do governo (Taka) ter iniciado com as informações dos alunos da rede, para que ao assumir tivesse informações concretas no processo de compra e não chegarmos ao fim do primeiro semestre sem receber os uniformes escolares”.

A declaração do vereador segue na linha da atual istração, que cita uma força-tarefa para garantir a entrega de uniformes e materiais escolares aos alunos da rede municipal de ensino neste ano letivo, visto que a gestão anterior não teria deixado os pedidos organizados e recursos para comprar desses kits.

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Vice-prefeita na gestão Filippi e hoje líder da bancada do PT no Legislativo, Patty Ferreira enxerga nas alegações de Jeferson Leite uma estratégia para forçar a expulsão do partido. “Ele mesmo poderia pedir para sair”, disse a petista. 

Presidente do PT de Diadema, o vereador Josa Queiroz afirmou que espera provas por parte do colega. “Se ele fez uma afirmação dessa (de sabotagem), precisa provar, porque é muito sério isso. O Jeferson Leite foi um dos (parlamentares) mais beneficiados na gestão ada, como um ‘filho predileto’ do prefeito e do governo, com benefícios que nenhum outro vereador da base (aliada) tinha. Então, deveria ter um pouco mais de dignidade”, disparou.

A reportagem procurou a assessoria de Filippi para se manifestar, a qual preferiu não responder a Jeferson Leite.