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SP Open promete tenista estrela internacional e garante legado para o Parque Villa-Lobos

A "estrela", contudo, só deve ser conhecida um mês antes do evento, marcado para começar no dia 6 na Capital

03/06/2025 | 18:00
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FOTO: Divulgação


Lançado oficialmente nesta terça-feira, o SP Open quer trazer pelo menos um "grande nome internacional" para sua primeira edição, a ser realizada em setembro deste ano, no Parque Villa-Lobos. A "estrela", contudo, só deve ser conhecida um mês antes do evento, marcado para começar no dia 6 na Capital. Beatriz Haddad Maia, uma das maiores tenistas da história do País, já é nome certo na chave principal.

"Estamos em conversa com algumas atletas, de seis a quatro, para podermos trazer pelo menos um grande nome internacional para poder agregar esse line-up de jogadoras", afirma Luiz Carvalho, diretor do torneio, que será de nível WTA 250. Ele evita citar nomes, mas indica que o Top 50 do ranking conta com tenistas de destaque que até já ganharam torneios de Grand Slam, caso da japonesa Naomi Osaka, atual 49ª do mundo.

Lui, como é mais conhecido, lembra que a Associação do Tênis Feminino, a WTA, conta com regras que restringem a participação de atletas do Top 10 em torneios menores, como é o SP Open. "O desafio é ver os nomes disponíveis, pelo ranking, para que possamos trabalhar em cima do que é possível para nós, que somos um torneio de nível WTA 250. Estamos focando mais nas brasileiras porque o torneio será uma plataforma para elas poderem despontar para o tênis mundial."

Pelas regras da WTA, os eventos 1000 e 500 prevalecem sobre os de nível 250. Na prática, as tenistas do topo do ranking devem priorizar as competições com mais pontos em disputa. Isso acontece porque, ao longo do calendário, diversos torneios, de níveis diferentes, são disputados nas mesmas semanas.

Este é o caso do SP Open, a ser realizado entre os dias 8 e 14 de setembro. Na semana do torneio brasileiro, o calendário do circuito prevê também a disputa de um WTA 500 em Guadalajara, no México. E esta competição mexicana, também em quadra dura, deve concentrar a maior parte das principais tenistas do mundo, ao menos em tese - as duas competições acontecem logo após o US Open, um Grand Slam, que costuma ser mais desgastante. Geralmente, muitos tenistas optam por descansar depois de competições deste porte.

SEM TOP 10

Em resumo, as regras da WTA farão com que as tenistas do Top 10 do ranking, como a belarussa Aryna Sabalenka e a polonesa Iga Swiatek, optem por jogar em Guadalajara. "O processo de escolha das atletas internacionais é um pouco complexo porque elas não podem estar no Top 10 do ranking no deadline, na data da definição da chave, 30 dias antes do início do evento", explica Lui.

"É preciso fazer um estudo sobre quem são as tenistas possíveis e ficar acompanhando. A sorte seria contratar uma tenista e ela virar a número 11 do mundo. Começamos a conversar agora, mas só fechamos mais para a frente quando tivermos a certeza de que ela não estará no Top 10", completa.

Entre as brasileiras, a única garantida na chave principal é Bia Haddad, por sua boa posição no ranking: é a atual 23ª. As demais podem entrar por convites, tanto na chave principal quanto no qualifying. Mas o diretor do torneio mantém a cautela. "Convites não estão confirmados nem na chave principal e nem no qualifying. Vamos esperar para ver quem estará pronta para a chave", afirma, em referência às juvenis Naná Silva e Victoria Barros.

"No caso das meninas, a Naná e a Victoria ainda são muito jovens. Ainda estamos conversando com os técnicos e suas equipes para ver quem poderia jogar na chave principal, se isso fizer sentido para elas, claro", explica Lui. Há o temor de "queimar" as jovens atletas em caso de jogos muito complicados logo na estreia numa eventual chave principal. "Queremos que elas tenham uma boa experiência aqui."

REFORMAS NO PARQUE VILLA-LOBOS

O torneio, que vai encerrar um jejum de 25 anos sem eventos deste nível em São Paulo, será disputado nas quadras duras do Parque Villa-Lobos. A organização usará seis das sete quadras do parque público para jogos e treinos. Uma estrutura, semelhante a do Rio Open no Jockey Club Brasileiro, será montada no local, formando um complexo, com entradas e saídas, com cobrança de ingressos.

A expectativa é de que o complexo receba até 5 mil pessoas por dia entre segunda e quinta-feira, na semana do evento. No total, a organização estima alcançar 30 mil pessoas ao longo da semana. "O sistema será parecido com o Rio Open: de segunda a quinta-feira, serão duas sessões de entrada. Sexta, sábado e domingo terão sessão única. De segunda a quinta, poderemos colocar 5 mil pessoas no complexo. E, entre sexta e domingo, vamos ver ainda", conta o diretor do evento.

A quadra central terá capacidade para receber 2.500 fãs de tênis. O evento terá mais duas quadras, menores, para também receber jogos. E outras três somente para os treinos das jogadoras. Para tanto, todas serão reformadas para o SP Open, que tem um compromisso com o parque.

"Faz parte do nosso acordo com o parque deixar como legado todas as quadras de tênis reformadas. Vamos reformar as sete quadras que existem, embora usaremos apenas seis delas. E não será apenas o piso. Vamos trocar alambrado, iluminação, etc. Tem todo um trabalho sendo feito para que vire uma ferramenta legal para o nosso esporte, até porque temos poucas quadras de tênis públicas em São paulo e no Brasil", afirma Lui.

INGRESSOS

Ainda não há data para o início da venda dos ingressos. Mas a organização garante que a comercialização começará ainda neste mês, na segunda quinzena. "Esperamos que os ingressos se esgotem rapidamente por causa da demanda por tênis no Brasil", diz o diretor do torneio, que também é o responsável pelo Rio Open.

O SP Open terá 32 tenistas na chave principal, 24 no qualifying e 16 duplas no Villa-Lobos, parque acostumado a receber eventos de tênis de menor porte nas últimas décadas. O qualifying será disputado nos dias 6 e 7 de setembro e a chave principal, entre 8 e 14.




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