Atualizada ás 15h38

O humorista Léo Lins foi condenado a oito anos de prisão, em regime fechado, por declarações consideradas preconceituosas durante um show de comédia divulgado no YouTube. A apresentação, gravada em 2022, levou à condenação por violação dos direitos da pessoa com deficiência e por prática de racismo.

A sentença foi proferida pela juíza Barbara de Lima Iseppi, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Além da pena de reclusão, Léo Lins deverá pagar uma multa equivalente a 1.170 salários mínimos e uma indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos. A defesa do artista disse em nota que trata-se de um "triste capítulo para a liberdade de expressão no Brasil, diante de uma condenação equiparada à censura”.

O comediante e seus fãs já entraram em polêmica no Grande ABC. Em 2022, o comediante e seus seguidores realizaram uma manifestação, em frente ao Teatro Municipal Santos Dumont, contra o cancelamento pela Prefeitura de São Caetano do espetáculo de humor que aconteceria no local. 

O artista afirmou na época que o cancelamento foi uma ação arbitrária do Paço, após Lins publicar vídeo com sátira relacionada ao prefeito José Auricchio Junior (PSD). 

A istração, em contato com a produtora do espetáculo, informou a suspensão do show, sem emitir documento ou justificativa. Diante do episódio, o comediante entrou com ação, e obteve mandado da Justiça para realizar a apresentação.

Em outro dia, porém, a Defesa Civil interditou o Teatro Municipal sob alegação de danos na cobertura do edifício causados por chuva. Após protestar e avisar ao público sobre o ocorrido, Léo Lins tirou fotos com os fãs e gravou vídeos. Ele também foi impedido de se apresentar em Ribeirão Pires, em agosto de 2021. O motivo foi mesmo. Piada com gestores públicos antes da apresentação.