Nacional Titulo Caminho alternativo
Setor de Turismo propõe taxar BETs para evitar alta do IOF; entenda

A Fhoresp teme que o aumento na cobrança sobre transações internacionais afaste turistas e prejudique a cadeia econômica do setor

Natasha Werneck
03/06/2025 | 12:55
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FOTO: Divulgação


Diante da alta no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anunciada pelo governo federal, a Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) propõe um caminho alternativo: taxar as casas de apostas virtuais, as chamadas BETs. A entidade, que representa mais de 500 mil estabelecimentos, teme que o aumento na cobrança sobre transações internacionais afaste turistas e prejudique a cadeia econômica do setor.

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A proposta surge após o Ministério da Fazenda divulgar mudanças no IOF, que vão gerar uma arrecadação estimada de R$ 20,5 bilhões em 2025. Para a Fhoresp, no entanto, o caminho não pode ser penalizar quem gera empregos e movimenta a economia formal.

“Antes de tributar ainda mais o setor produtivo, é preciso olhar para mercados sem regulação, que movimentam bilhões sem pagar impostos, como as BETs”, defende Edson Pinto, diretor-executivo da entidade.

Além das apostas, a Fhoresp cita outras frentes para arrecadação, como operações com criptomoedas, plataformas como Airbnb e a revisão de subsídios a grandes corporações.

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As novas regras do IOF afetam diretamente o turismo, com alíquota de 3,5% sobre compras feitas no exterior com cartão internacional ou contas em moeda estrangeira. Também foi elevada a tributação sobre a antecipação de crédito, prática comum entre comerciantes para manter o fluxo de caixa.

A federação ainda reforça o apoio ao Projeto de Lei dos Cassinos, que tramita no Congresso. Segundo Pinto, a regulamentação dos jogos pode gerar novos empreendimentos turísticos, empregos e mais arrecadação para o País.

“Aumentar impostos não é a solução. O governo precisa buscar equilíbrio fiscal com justiça tributária”, conclui.




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