O funkeiro foi preso na madrugada desta quinta-feira (29) pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Marlon Brandon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi preso na madrugada desta quinta-feira (29) pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A ação cumpriu mandado de prisão temporária relacionado a investigações que envolvem apologia ao crime e suposto envolvimento com o tráfico de drogas.
A prisão aconteceu em um condomínio de alto padrão no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste carioca. Poze foi conduzido sem oferecer resistência e não comentou o ocorrido ao sair de sua residência ou ao ser encaminhado à Cidade da Polícia, onde o caso será formalizado.
O advogado do cantor, Fernando Henrique Cardoso Neves, afirmou ao g1 que o episódio está ligado a uma “narrativa antiga” e afirmou que tentará esclarecer a situação. “Se ele não for liberado, vamos apresentar pedido de habeas corpus”, disse.
Segundo a Polícia Civil, o funkeiro tem realizado apresentações em áreas controladas pelo CV (Comando Vermelho), onde a presença ostensiva de traficantes armados garante a segurança do evento e do próprio artista. As letras das músicas são apontadas como incentivo ao tráfico e à violência, chegando a estimular confrontos entre facções rivais, o que tem causado vítimas inocentes.
A investigação aponta que os shows servem como estratégia para ampliar o lucro do grupo criminoso, revertendo os ganhos para a compra de armas, drogas e equipamentos usados em atividades ilegais. A Polícia Civil ressalta que as manifestações do artista ultraam os limites da liberdade de expressão e constituem crimes graves.
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Há cerca de duas semanas, a DRE intensificou as apurações após viralizarem imagens de um baile funk na comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, onde Poze se apresentou cercado por traficantes armados exibindo fuzis sem disfarces. O evento aconteceu poucos dias antes do assassinato de um policial civil durante uma operação naquela área.
Em 2020, Poze já havia sido visto em situações semelhantes, em festas com presença de facções armadas, o que reforça a linha de investigação.
Em outra frente, em novembro do ano ado, o cantor e sua esposa foram alvos da Operação Rifa Limpa, que apurava esquemas ilegais envolvendo sorteios online. Na ocasião, foram apreendidos veículos de luxo e joias do funkeiro, mas os bens foram devolvidos recentemente após decisão judicial que não encontrou vínculo direto com os crimes investigados.
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