Mãe e os dois filhos foram enterrados na tarde da última terça-feira (27), em Mongaguá, Litoral de São Paulo
Amigos, familiares e o pai das crianças chegaram a organizar uma vaquinha para custear o traslado dos corpos de Priscila Carolina da Silva de Jesus Santos, 36 anos, e de seus dois filhos, de 11 e 13 anos, para Santo André, onde o sepultamento era desejado. As vítimas foram assassinadas na última segunda-feira (26), em Mongaguá, no Litoral de São Paulo, em um crime que chocou moradores da região.
Separado de Priscila, o pai das crianças, Leandro Teles dos Santos – que atualmente vive no bairro Vila Camilópolis, em Santo André – mobilizou amigos e parentes para tentar trazer os corpos ao Grande ABC. No entanto, o sepultamento acabou sendo realizado na tarde da última terça-feira (27) em Mongaguá, cidade onde Priscila vivia com os filhos.
TRAGÉDIA
O crime ocorreu na manhã de segunda-feira, dentro da casa onde Priscila morava com os filhos, no bairro Jussara, em Mongaguá. Segundo a Polícia Militar, os agentes foram acionados às 9h54 por meio de uma denúncia anônima, que alertava sobre um homem que teria matado quatro pessoas e que ainda estaria no local.
Durante patrulhamento, os policiais avistaram um homem descalço, sem camisa, tentando fugir. Ele foi abordado e, com ele, os agentes encontraram uma faca. Na abordagem, ele confessou o crime.
O homem foi identificado como José Roberto Alves do Espírito Santo, de 41 anos, ex-cunhado de Priscila. Ele foi preso em flagrante.
Dentro da residência, os policiais encontraram Priscila e dois de seus filhos já mortos. Um terceiro filho, de 16 , foi socorrido com vida. O adolescente, inicialmente dado como morto pelo autor do crime, foi levado ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, com ferimentos graves, mas está em estado estável.
De acordo com o inquérito conduzido pela Delegacia de Defesa da Mulher de Mongaguá, o crime foi cometido com brutalidade. José Roberto descumpriu uma medida protetiva e invadiu a casa da ex-cunhada enquanto as vítimas dormiam. Usando uma pá e uma marreta, ele golpeou a mulher e os três sobrinhos.
Segundo os boletins de ocorrência, o motivo do crime seria ciúmes e desejo de vingança contra sua ex-companheira, Joceane dos Santos de Jesus, irmã de Priscila.
Após cometer os assassinatos, José Roberto estuprou a ex-mulher, mostrou os corpos dos familiares e a ameaçou, afirmando que “ficaria pouco tempo preso e voltaria para terminar o serviço”.
O caso foi registrado como feminicídio, homicídio qualificado, tentativa de homicídio, estupro, ameaça e descumprimento de medida protetiva.
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