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Eduardo Bolsonaro: abertura de inquérito contra ele no STF é 'medida injusta e desesperada'

Para filho do ex-presidente, ações tomadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) são "políticas"

26/05/2025 | 19:07
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FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais na tarde desta segunda-feira, 26, para afirmar que a abertura de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras é uma "medida injusta e desesperada".

Em uma das publicações, Eduardo afirma que "nada mudou" desde que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra a Justiça apreender seu aporte, em março, no mesmo dia em que o deputado informou que ficaria no país americano, onde estava em viagem.

"Eu não mudei meu tom. Não há conduta nova. Há uma PGR agindo politicamente. É por isso que reafirmo: no Brasil há um Estado de exceção, a 'justiça' depende do cliente, o processo depende da capa. Por isso decidi ficar nos Estados Unidos, para estar livre e bem desempenhar a defesa das liberdades dos brasileiros, algo quase impossível de ser fazer no Brasil hoje", escreveu Eduardo.

Na ocasião, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que o pedido do PT e do deputado Lindbergh Farias (PT) não apresentou elementos mínimos que justificassem a abertura de uma investigação.

Agora, o pedido da PGR, atendido pelo ministro Alexandre de Moraes, atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes da Suprema Corte, da PGR e da PF (Polícia Federal) envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas.

O procurador-geral mencionou como exemplo a declaração do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, que disse na quarta-feira, 21, que "há grande possibilidade" do ministro Alexandre de Moraes ser alvo de sanções por parte do governo de Donald Trump.

Em outra publicação, em vídeo, Eduardo afirma que Gonet é um dos "principais violadores de direitos humanos" e afirma que sua participação nas ações penais contra os envolvidos na quebradeira de 8 de Janeiro é "suja e covarde".

No pedido de investigação, a PGR afirmou que a conduta do deputado pode ser enquadrada em três crimes: coação no curso do processo, embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Segundo o pedido, Eduardo age movido por "motivação retaliatória" e com "manifesto tom intimidatório" para tentar "embaraçar o andamento do julgamento técnico" da ação penal do golpe e "perturbar os trabalhos técnicos" da Polícia Federal.




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