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Pet terapia promove humanização em hospitais da região

Visitas aos leitos de internação com animais, em Santo André e São Bernardo, completam 10 anos com ONG Alquimia Do Amor

Lays Bento
25/05/2025 | 18:39
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Divulgação


Há uma década, após descobrir no tratamento de câncer o impacto positivo da companhia de Fred Mercury, um cachorro golden retriever, o são-bernardense Ricardo Nunes, 49 anos, assumiu que, se sobrevivesse ao quadro, iria ampliar este serviço para outros pacientes. Assim foi fundada a ONG Alquimia do Amor, que mensalmente leva cachorros, gatos e demais animais (como pássaros, aranhas e até bichos-pau) para quem segue internado em tratamento oncológico nos hospitais Anchieta, de Urgência e de Clínicas, em São Bernardo, assim como ao andreense Hospital Mário Covas. 

No apoio do sonho do são-bernardense, formado em Psicologia, estão outros 45 tutores voluntários na causa e a esposa, que também é fundadora da causa, Camila Rodrigues, 45. “Para levar o projeto aos hospitais, inicialmente a gente encontrou muita dificuldade. O importante era começar, então, até hoje, como forma de honrar nossas origens, a gente frequenta as casas de idosos Adelaide (São Bernardo) e Nosso Lar (Santo André)”, relembra Nunes. 

Segundo ele, a principal limitação (e ainda preocupação) do grupo é o respeito pela higiene máxima dos peludos no ambiente hospitalar. Como meio de padronizar o requisito e padrão, a entrada de novos membros só é realizada uma vez ao ano desde então, sendo necessárias etapas de avaliação dos pets integrantes (em vacinação e vermifugação), além de treinamentos com a equipe. “Formamos uma turma em dezembro, mas, neste meio tempo, as atividades mesmo só começam em fevereiro”, conta ele, que, após a decisão de caminhar pelo projeto, especializou-se em intervenção assistida por animais. 

De acordo com o fundador da ONG, o trabalho se provou como um propósito maior para a vida. “O Fred (cachorro) foi meu grande terapeuta. Depois, quando reuni o grupo, vi que o impacto que tínhamos não se restringia só aos assistidos, mas também à equipe e familiares, que boa parte das vezes largaram tudo para uma realidade de cuidados. A gente particularmente cansa de ver casos de crianças que nunca saíram do hospital, estando lá desde que nasceram”, reflete. 

Para Gabriel Nunes, 22 anos e que faz visitas desde os 14, todo o deslocamento do bairro Sacomã, na Capital, ao Grande ABC sempre é recompensador. “Estou desde a fundação e é um trabalho de amor não só para os pacientes, mas para nós. Os cachorros também entendem que são as estrelas do dia. É lindo fazer esta história junto com o Michael Jackson (cão Yorkshire, 5 anos)”, compartilha.<EM>

Aos interessados, as visitas duram 1 hora e uma escala é montada de acordo com a disponibilidade dos membros. Segundo Nunes, para participar, não é obrigatório ser tutor de algum bicho: “Alguns colaboradores já tem 3 ou quatro cachorros para compartilhar nesta solidariedade, então é só somar com a gente e transformar vidas”, finaliza.

O contato inicial acontece pelo e-mail [email protected].




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