Município também prevê construção de microreservatórios para combater enchentes
A Prefeitura de Santo André deu início nesta quinta-feira (22) a obras de infraestrutura para o combate a enchentes, com previsão de conclusão entre seis meses e um ano.
Nesta fase, os trabalhos se concentram na Vila Pires, onde estão sendo construídos microreservatórios, também chamados de minipiscinões, além da substituição de bombas, troca de tubulação e reforço em canais de escoamento. O investimento nesta etapa é de R$ 25 milhões, além de outros R$ 7 milhões destinados a ações de manutenção, microdrenagem e desassoreamento do Córrego Cemitério.
As obras foram apresentadas durante visita técnica na Rua Tucuruí, com a presença do prefeito Gilvan Junior (PSD) e de secretários municipais. No local, será implantado um reservatório com fundo permeável, capaz de reter o volume de água da chuva e permitir absorção natural pelo solo. “Faz parte do programa Sanear Santo André, o maior pacote de drenagem da história. São mais investimentos e aqui é uma fase importante, onde vão ser feitos os microreservatórios nos locais que normalmente têm as cheias”, destacou o prefeito. Segundo ele, a cidade tem enfrentado eventos climáticos intensos e precisa se adaptar para mitigar danos.
A Vila Pires é uma das regiões que mais sofrem com alagamentos nos períodos de chuva forte.
A istração também vai trocar as bombas do piscinão da Vila América. “Hoje são três bombas com capacidade de vazão de 400 litros por segundo. Vamos trocar por cinco bombas com tecnologia submersa, que vão elevar essa capacidade para 2 mil litros por segundo”, explicou Gilvan. As novas bombas deverão ser instaladas antes do próximo verão, como parte da estratégia de prevenção.
Morador da Rua Tucuruí há anos, o aposentado Carlos Alberto dos Santos Silva, 61 anos, acompanhou o início das obras e relembrou os prejuízos causados pelas enchentes anteriores. “Em 2019, a água arrebentou o muro onde hoje tem uma plantação. Não ou, cedeu e a água veio toda pra cima. Por pouco não entrou na minha casa. A gente teve que usar rodo pra tirar tudo”, contou. As chuvas sempre causam apreensão na vizinhança. “O pessoal da rua de trás sempre perde tudo quando chove forte. Móveis, eletrodomésticos. É muito prejuízo”, lamentou.
Além das obras físicas, a prefeitura também aposta em tecnologia para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
Segundo Gilvan, a cidade ou a utilizar inteligência artificial para prever alagamentos com base em dados meteorológicos e dos próprios sensores de campo. “Se houver, por exemplo, 80% ou 100% de chance de alagamento em uma região, as equipes já começam a se mobilizar. Isso facilita a antecipação e aumenta a eficiência”, conclui.
Leia mais:
Sto.André entrega obras contra alagamentos
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.