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Entenda como o cigarro eletrônico afeta a respiração dos jovens

Coloridos, com aromas doces e design moderno, os cigarros eletrônicos — também conhecidos como vapes — conquistaram espaço entre adolescentes que buscam alternativas ao cigarro tradicional

Natasha Werneck
17/05/2025 | 13:00
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FOTO: Unsplash


Coloridos, com aromas doces e design moderno, os cigarros eletrônicos — também conhecidos como vapes — conquistaram espaço entre adolescentes que buscam alternativas ao cigarro tradicional. Mas o que parece inofensivo pode causar danos graves à saúde respiratória, alerta Rafaella Carvalho da Silva, professora de Fisioterapia Cardiorrespiratória do CEUB.

Segundo Rafaella, o uso do vape está relacionado ao aumento de casos entre jovens com sintomas como tosse persistente, chiado no peito e cansaço fácil — sinais que indicam bronquite, asma e até danos pulmonares permanentes. “Mesmo os aparelhos sem nicotina contêm substâncias químicas, aromatizantes e partículas tóxicas que inflamam as vias aéreas e prejudicam a respiração”, explica a especialista.

O perigo é ainda maior em adolescentes, cujo pulmão ainda está em formação. “Muitos jovens já apresentam sintomas de doenças pulmonares crônicas, algo que antes era raro nessa faixa etária”, destaca Rafaella.

Além dos riscos respiratórios, a nicotina — presente em muitos modelos — causa dependência e aumenta o risco de problemas cardiovasculares graves, como acidente vascular cerebral (AVC) e trombose pulmonar. Porém, mesmo sem nicotina, o cigarro eletrônico não é seguro: “A ausência da substância não elimina o dano. O vapor aquece e carrega metais pesados e outras toxinas que causam inflamação e lesões irreversíveis”, alerta.

Sintomas que não podem ser ignorados 6u164

Tosse constante, chiado, produção exagerada de muco e falta de ar em atividades simples podem indicar prejuízo pulmonar. “Jovens relatam cansaço ao subir escadas ou dificuldade em praticar esportes que antes faziam com facilidade”, conta Rafaella.

A fisioterapia respiratória é fundamental para amenizar os sintomas e ajudar na reabilitação pulmonar. “Usamos exercícios para melhorar a oxigenação e fortalecer os músculos respiratórios, além de auxiliar no controle da ansiedade durante a interrupção do uso do vape”, diz a fisioterapeuta.

Em casos graves, como bronquiolite obliterante — doença pulmonar rara associada ao uso do cigarro eletrônico — a fisioterapia complementa o tratamento médico, ajudando a reduzir crises e melhorar a qualidade de vida.

Prevenção começa pela informação 24f6r

Rafaella reforça que o melhor caminho é a prevenção, baseada em informação clara e científica. “Muitos jovens começam a usar o vape por acreditarem que é seguro. Pais, professores e profissionais da saúde precisam desmistificar essa ideia e conversar abertamente com os adolescentes”, orienta.

Para a especialista, a escola e a família têm papel crucial para impedir o início precoce do uso: “É essencial mostrar a realidade dos riscos, para que os jovens façam escolhas conscientes e preservem a saúde.”




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