Diante das dificuldades orçamentárias que afetam grande parte das cidades brasileiras, Santo André encontra alternativa para manter o ritmo de investimentos em áreas estratégicas. Sob a liderança do prefeito Gilvan Junior (PSDB), o município tem apostado nas PPPs (Parcerias Público-Privadas) como forma de viabilizar obras e serviços sem comprometer ainda mais os cofres públicos. A iniciativa mais recente foi a proposta da Eletromidia para modernizar o mobiliário urbano da cidade. A empresa pretende revitalizar cerca de 1.900 pontos de ônibus e instalar equipamentos tecnológicos que ampliam a segurança e a conectividade dos usuários, como os chamados abrigos amigos.
A adoção das PPPs tem dado fôlego excepcional aos primeiros meses da gestão de Gilvan. Sob o mesmo modelo, já foram anunciados investimentos da ordem de R$ 255 milhões em mobilidade até 2028, por meio do programa Promobi, que inclui a renovação da frota de ônibus, criação de novas faixas exclusivas e intervenções na infraestrutura viária. Outro projeto importante é a requalificação da Craisa, com recursos estimados em R$ 259 milhões da iniciativa privada. Ao estruturar pacote de projetos com o setor privado e atualizar o marco legal das concessões, a istração andreense demonstra planejamento e disposição para atrair investidores dispostos a atuar em setores essenciais.
Parcerias, se bem conduzidas, têm potencial para gerar benefícios à população e garantir que áreas como transporte e abastecimento avancem mesmo em período de restrição fiscal. No caso de Santo André, o diálogo com empresas, o uso do modelo de MIP (Manifestação de Interesse Privado) e a exigência de padrões elevados nas concessões mostram que há critérios sendo aplicados. O volume de investimentos já anunciados pelo governo andreense, que sequer completou um semestre, contrasta com o de municípios vizinhos, bem abaixo. Em época de dinheiro escasso, o modelo pode ser adotado por cidades que pretendem se desenvolver sem depender exclusivamente do Orçamento público.
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