Categoria quer 10% de reposição; pauta será levada ao Executivo dia 26
Representantes do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), usaram a tribuna livre da Câmara na sessão de ontem, para pedir apoio dos vereadores à pauta da campanha salarial. Todos os parlamentares se colocaram à disposição para ajudar, mas fizeram ponderações.
Ritchie Soares, presidente da entidade, declarou que a categoria busca reajuste de 10%. “Reposição da inflação de 5%, mais 5% de aumento real”, disse.
O presidente do Legislativo, Rodrigo Capel (PSD), garantiu que a Câmara estará à disposição para ajudar com os encaminhamentos. Entretanto, relembrou o ado das negociações. “Historicamente, a Prefeitura nunca deu o que o Sindicato pediu”, pontuou.
A pauta econômica completa será apresentada pelo Sindema em reunião agendada para o próximo dia 26 com a Prefeitura. Na minuta consta o reajuste do vale-alimentação dos atuais R$ 345 para R$ 851,82. A categoria quer aumento no vale-refeição, atualmente em R$ 183 mensais, o qual não é concedido a todos os trabalhadores, e a proposta é a de universalização e tíquete de R$ 49 por dia trabalhado. “Valor adequado para um almoço completo na cidade”, pontuou Soares.
Adler Kiko Teixeira, secretário de istração e Gestão de Pessoas, ao Diário, explicou que o governo do prefeito Taka Yamauchi (MDB) está disposto a dialogar e buscar melhorar os salários da categoria. Entretanto, afirmou que qualquer reajuste será “muito bem calculado após abrir processo de viabilidade jurídica e financeira, sempre respeitando os anseios dos servidores”.
Kiko relembrou o endividamento da cidade herdado do governo José Filippi Júnior (PT). O ivo com o Instituto de Previdência chega a R$ 1,2 bilhão e o déficit orçamentário supera 30% da arrecadação municipal.
A base de oposição à gestão Taka disse que a luta pela melhoria salarial não será fácil, mas que os servidores poderão contar com o apoio de todos os vereadores, independentemente da cor partidária.
Orlando Vitoriano (PT), ex-presidente da Câmara, afirmou que atualmente o bloco dos petistas, apoiador dos movimentos sindicais, está do outro lado do balcão, ou seja, sem poder para negociar com o chefe do Executivo e lembrou que na gestão ada itens colocados à mesa não avançaram. “O governo anterior não cumpriu tudo. Avançou em muita coisa, mas ficou muita coisa para trás”. disse sem detalhar as demandas.
“Essa é a 13ª campanha salarial que acompanho e todas, do ponto de vista econômico, foram discussões duras diante das limitações financeiras que a Prefeitura mostra e mostrava”, disse o vereador Josa Queiroz (PT), ex-líder do governo Filippi.
COBRANÇAS
Ritchie Soares reclamou que o adicional de 20% sobre os salários por insalubridade concedido aos profissionais da Saúde a partir de agosto do ano ado cessou e disse que o assuntou pautou a primeira reunião com o governo Taka, em fevereiro.
Kiko afirmou que o adicional foi cortado por “não ter formalização e embasamento legal”. O secretário de istração também esclareceu que alguns servidores que acionaram a Justiça cobrando o adicional perderam as ações. Com a jurisprudência e análises internas, a Procuradoria recomendou o não pagamento do adicional.
O sindicalista apontou também denúncias de perseguições e assédio moral que teriam sido praticadas pelas chefias em diversos departamentos. Fato rechaçado pela gestão Taka. “O governo não é conivente com assédio. É um assunto sério, que não dá para falar sem provar. É preciso que se pontue, denuncie e aponte quem pratica o ato para que haja apuração e punição, caso comprovado o assédio”, disse Kiko.
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